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segunda-feira, junho 07, 2010

Rumo às 15 mil

visitas... Desde que o marcador foi instalado no finalzinho de 2008. Parece pouco, comparando com blogs populares, mas é muito mais do que eu esperava. Tem tanta gente assim que lê minhas asneiras? Talvez não, muita gente cai aqui via buscas do Google, mas tá valendo.

Também queria dar satisfação sobre a foto nova... Afinal, o inverno acabou (será?), a primavera tá dando as caras, e ao invés de florzinhas, resolvi sinalizar a estação da fertilidade com esta foto dessas renas fofíssimas, fotografadas em Styrkesnes em abril desse ano. Agora elas desceram das montanhas pra vir pastar nos pastos mais verdinhos, vão cruzar e ter filhinhos, até a hora de subir montanha de novo... Essa é a primavera no Ártico!

Semana que vem começa a terceira temporada de True Blood, a tv fica interessantíssima de novo. Pra quem não quer esperar, ou não tem HBO, entre numa comunidade do Orkut e encontrará milhares de links pra baixar o show. Porque tá bom que pra eles faz diferença... Sabia que a HBO vende True Blood engarrafado pelo correio? Infelizmente pros EUA e Canadá apenas, mas imaginem o quanto de grana eles não ganham só com merchandising? Pode me prender, eu baixo mesmo!!!




E não quero fazer uma sangria desatada disso, mas hoje levei pau no exame da auto-escola. Quase atropelei (exagero!) um ciclista ao sair de uma conversão. Preocupada em olhar pro lado direito pra ver se podia passar, esqueci da faixa de pedrestre, o rapaz veio pela esquerda. Utaqueoparil, agora vou ter que remarcar e fazer outro - e pagar o aluguel do carro mais a taxa do Depto. de Trânsito de novo... É a vida!

quinta-feira, outubro 01, 2009

Escolinha do Professor Raimundo



É assim que me sinto!

Há um mês atrás, primeira aula. Dois filipinos, uma etíope, três indianos, um paquistanês, dois sérvios, dois alemães, um rapaz latino-americano (não descobri de onde era), 5 poloneses e três russos. E penas eu de brasileira, apesar de um nome de brasileira estar na lista (conheci a sujeita no dia da inscrição, mas ela nunca mais apareceu na escola). Professora norueguesa, que tem como trabalho real dar aulas pracrianças. Lill Cecile é o nome da moça. Na primeira aula, fizemos um speed dating. Sentados em duplas, a cada 5 minutos trocávamos de parceiro. Havia um roteirinho básico de perguntas, praconhecermos uns aos outros. Depois, professora pedia que cada um levantasse e outro colega contasse sobre aquela pessoa. Achei interessante, mas me apavorei, pois ali tinha gente que falava o noruga muito bem.

Isso porque não mencionei... No dia da inscrição, fui falando o meu parco noruga com a diretora, e ela disse que eu deveria começar no nível 2, pois nível 1 era perda de tempo pra mim. Lá fui eu, apreensiva. Ao final da primeira aula, achei que fosse tudo bem. Só não gostei de a professora ter anunciado que o lívro que usaríamos se chama Har Bor Vi 2. Putz, quando eu fiz meus 3 meses de aula particular em SP com a Bjøtg, importei o På Vei, o livro mais usado geralmente. Chegamos até o Capítulo 15 (o livro tem 17, se não me engano). Então, de nada teria adiantado estudá-lo, pensei. Mas na verdade adiantou, sim, pois a minha gramática vai muitíssimo bem, obrigada, e a escrita também.

A segunda aula foi um choque. Muita gente sumiu... Os alemães, o paquistanês, um polonês... Sei lá se mudaram de classe ou abandonaram. Detalhe, quase todos são pagantes. Os imigrantes que são casados com cidadão norueguês, que são empregados pelo Estado (é o caso da Felicidad, a filipina) e que outras situações especiais tem direito ao curso de graça (ao menos as 300 h0ras exigidas). No dia da inscrição, a diretora disse que não me faria pagar (pois meu visto ainda não saiu), mas que não poderia começar a computar minhas horas oficialmente. Beleza, ao menos não pago e ganho o livro com CD! Economizei umas 500 coroas só de livro! Na minha classe são poucos os que tem o curso gratuito.

Bom, enfim, na segunda aula, a tal Lill Cecile desandou a falar rápido. Pra ajudar, os sérvios atrás de nós numaconversa brava, em sua língua natal, e os indianos idem. Saí da classe com dor de cabeça, e frustradíssima. Até comecei a pensar em ir pra uma classe iniciante.

A terceira aula, eu perdi. Tive que ir trabalhar. Mas como me deixaram frequentar as aulas de graça (e também mostrar pra minha chefe que acordo é acordo), pedi que o hotel me fizesse uma cartinha provando que eu tinha ido trabalhar, por isso perdi aula.

Essa segunda, fui pra escola de novo. A professora me viu, e já foi logo perguntando (pensei que fosse levar bronca porque faltei) se eu queria ir pra umaclasse mais avançada. Como assim, tá doida? Eu não consigo me comunicar! Ela disse que eu lia e escrevia bem (ela nem teve tempo de perceber!), e que talvez fosse mais proveitoso pular um pouco aparte inicial... Eu disse que preferia ficar ali mesmo. Ao menos pra treinar conversação (já que no hotel só as camareiras e os hóspedes falam noruga comigo - o resto todo adora falar um inglês!). Então, nessas de classe nova, mais uns 4 desapareceram da classe - inclusive os sérvios falantes, e um dos indianos. A aula foi um silêncio danado! Uma beleza... Foi puxadinho pelo fato de ter perdido a aula anterior e não recebido o material, mas deu pra acompanhar. E também já recebi o livro novo com CD (é no mesmo estilo do På Vei, mas mais avançadão). Agora é me dedicar sozinha.

Hoje meus alunos de português resolveram falar noruga comigo, e acharam que eu tô falando bem. Também tenho forçado Lars a não falar mais inglês comigo. A gente começa bem, masdepois de 10 minutos, o inglês volta automaticamente. Eu acho tudo um saco, e muito frustrante não conseguir me comunicar muito. Elizabeth me disse pra ter mais auto-confiança...

Agora, uma vantagem da aula à noite, uma vez por semana... Todo mundo que está ali trabalha, então o povo entra e sai. Não há muito tempo pra social, e papo-furado. Nos intervalos eu sempre converso muito com a Rawda, a etíope, e a Felicidad. Em noruga!

Nossa, me havia dado muita preguiça de escrever sobre esse assunto, e agora que resolvi, saiu em 10 minutinhos. Inspiração ou disposição? Acho que disposição por saber que amanhã posso dormir até o colchão soltar fumaça, acordar e não fazer NADA o fim de semana inteiro. Apenas cuidar da casinha, que tá num desleixo só. Lars ajuda, e muito, mas não é uma Brastemp!

segunda-feira, julho 13, 2009

Cenas de um casamento - após o casamento...

No fim de semana relaxamos pacas. No sábado, uma linda manhã, resolvemos fazer um churrasquinho. Saímos para comprar as dilícias, mas claro que, bem na hora de acender a churrasqueira, o sol sumiu. Mas a ventania deu trégua essa semana, a apesar de não ter sol, a temperatura era agradável.

Bem, foi só acender o gás da churrasqueira (sem comentários, por favor), e recebemos um telefonema da joalheria - as alianças estavam prontas! Um dia atrasadas, mas como pedimos quarta passada, deveriam ter demorado 10 dias. Então, foi a jato.

Já de alianças colocadas e estranhando muito (quero deixar claro aqui que foi o Lars quem fez questão das alianças, juro. Eu por mim teria ficado de mão-pelada - piada pantaneira, rárárá!), bem na hora de comer o churras, a sogra chegou, com os presentes, os cartões e o resto da tralha que havia ficado na casa do Anders. Aproveitamos e a convidamos pra almoçar. Ela comentou que os convidados haviam amado a pequena recepção, que havia sido kjempe koselig! *kjempe é uma expressão tipo super, e pra saber sobre koselig, veja aqui...


Após o churrasco, que acabou sendo consumido indoors, à noite resolvemos dar outra chutada de balde e celebrar. Na semana passada, quando compramos o champagne pra recepção (comprei Cordoníu espanhol - que na verdade é cava, e não champagne - por uns R$33), também compramos um champagne melhor só pra nós dois. Escolhi um Gosset Brut Rosé NV (non-vintage), que eu tava dooidaaa pra provar (acho que era um dos poucos champagnes das grandes Casas, ou Maisons, da Champagne que eu ainda não havia provado). Em SP, nas lojas da Expand, saíam pela bagatela de R$500. Aqui, estava mais barata que Piper-Heidsieck Rosé, Veuve Clicquot Rosé, ou mesmo Moët & Chandon Rosé. Pagamos menos de R$100!!! E ao abrir a garrafa, era deleite líquido... Um rosé muito discreto, com pérlage (borbulhas) persistente, extremamente delicada. Um excelente investimento - e ótima motivação pra mexer a bunda e arrumar um trampo logo, assim posso bancar meus queridos pequenos luxos da profissão - tomar muuuitooooo vinho bom!


Depois de esvaziar a garrafa, pensei em abrir ma outra, também rosé, que ganhamos de presente. Mas Lars tinha outros planos... Um Louis XIII (um conhaque feito pela Remy Martin, um dos mais caros do mundo, elaborado com elixires de mais de 120 anos de idade. A história de como eu consegui uma garrafa merece um post à parte) e um charutinho na varanda. Vale ressaltar que nesse dia eu saí de calça capri e camiseta pela primeira vez, e tava dando pra ficar na varanda de noite, temperatura muito amena...

Domingo, fiz cassoulet improvisado, e a sogra veio almoçar conosco. Trouxe as sobras do kransekake pro café! Também precisávamos saber pra quem exatamente mandar os cartões de agradecimento pelos presentes. Pros mais íntimos, e que compareceram à recepção, vou fazer uma geléia de banana com chocolate, receita pela qual eu babei quando vi no fabuloso blog da Claudia, o Sabor Saudade. Pros outros, só cartão mesmo.

E hoje fomos à UDI, pegar os formulários pro próximo visto e fazer perguntitas sobre a troca de nome e etc. Aparentemente o visto - desde que eles achem que tá tudo legitimado, e o casamento é de verdade e não tramóia, eles nem mandam a papelada para Oslo - resolve-se aqui mesmo, rápido. Ela pediu os holerits do Lars, de três meses, além da minha certidão de nascimento e a certidão de casamento, além de fotos da cerimônia, além de um breve texto sobre como nos conhecemos. E vai custar outras 1100 coroas - apesar de no Consulado do Rio, após de cobrarem R$1000 pelo visto, terem informado que eu não precisaria pagar outra vez aqui na Noruega. Enfim...

De lá, fomos comprar potes para as geléias de presente e as bananas - e como sempre, acabei comprando muito mais do que precisava. Paguei o mercado com meu cartão pela primeira vez. Já tinha recebido o cartão do banco, mas eles não haviam enviado as senhas - sim, aqui a senha é determinada pelo banco, e não pelo cliente!

As bananas estavam muito verdes, então usei o velho truque de enrolar em jornal e guardar dentro do forno, mas preciso esperar que amadureçam, pra geléia ficar mais gostosa. Enquanto isso, fui mexer com os quinhentos kilos de morangos que havíamos comprado semana passada. Fiz arroz doce (aqui chamam de ris grøt, acho que já falei dos grøt, tipos de mingau) com morango, fiz três potes de geléia de morango, e ainda fiz picolé de iogurte com framboesa. Os morangos daqui da área já estão capengando, mas as framboesas norueguesas... São gigantes! Hoje comprei aquelas forminhas de picolé pra criança. Bati meia caixa de framboesa com 200 g de iogurte desnatado sabor baunilha e umas duas colheres da geléia de morango no liquidificador. Coloquei nas forminhas de picolé, e voilá... Picolé low sugar, low fat, high flavor!!!

Nessa fotinho, a pilha de bananas para a geléia, os potes de geléia de morango, o arroz doce (que depois de frio endureceu um pouco) e as framboesas gigantes. Ah, e meu pézinho de hortelã!

Cenas de um casamento - My "big fat norwegian" wedding

Pra quem assistiu ao filme " My big fat greek wedding ", ou "Casamento Grego" em português, deve estar esperando um relato de um casório imenso... Mas não foi. Pequeno, mas muito, muito norueguês (daqui da MINHA Noruega).

Desde que finalmente conseguimos resolver a data, depois de desenrolar toda a burocracia, a família do Lars vem fazendo um alarde sobre esse casamento. E eu estava incomodada, porque queria que fosse simples, muito simples. Então minha sogra começou a ter idéias, de fazer um café, como eles dizem aqui, na casa dela. Eu fiquei ressabiada, mas ao mesmo tempo não podia ficar reclamando... Afinal, é a família dele.

Mas no fim não foi tão simples assim! O tal café de recepção, que eu imaginei bolo, champagne e café, virou um super almoço. Na quinta feira a sogra veio me buscar para me apresentar à cabelereira - que queria ver meu cabelo antes - e depois comprar flores para o cabelo. Já que ia ter festinha, ao menos eu queria ficar bonitinha, né? Mas então, na floricultura, a sogra e cunhada começaram a dizer que eu ia precisar de um buquê. Eu não tinha mesmo pensado nisso, afinal, buquê e todos esses rituais estão associados, na minha cabeça, à um casamentão na igreja. Até das alianças nós havíamos esquecido, só pedimos na quarta. Enfim, escolheram dúzias de rosas, para meu cabelo, para meu buquê epara os arranjos nas mesas...

A cunhada me disse que ia fazer uma sopa de peixe, já tinha pedido o kransekake, a sogra já tinha pedido outro bolo (de chocolate, porque eu gosto, e porque é não-tradicional, digamos assim), e iam servir o gravlaks que eu fiz, e iam comprar morangos... Ainda na quinta, fomos para a casa da cunhada (onde fariam o almoço), montaram meu buquê - usando um suporte de prata que a cunhada tinha usado no casamento dela - e começaram a arrumar as coisas para o dia seguinte. Puseram a mesa com faqueiro de prata e taças de cristal e a melhor louça, toalha chiquérrima... Finalmente percebi que virou um almoço SUPER formal... Castiçais de prata, velas brancas imensas... Depois minha mãe me convenceu de que era na verdade um bom sinal, que eles estavam demonstrando que estavam felizes de me receber na família.

Na sexta, o grande dia, acordamos cedo - o hábito faz o monge... Às 10 da manhã Lars me levou à cabelereira. Foram duas horas de sofrimento, 56 grampos e umas duas latas de laquê. De cara fiquei me achando estranha (é a falta de costume). Achei o cabelo meio alto. Chegando em casa, com apenas 40 minutos pra terminar de me arrumar, dei uma achatada nele, cortei dois fiapinhos, e passei a gostar do resultado.


Ah, e antes que eu me esqueça... Fez um tempo ótimo a semana toda, um sol de lascar. Adivinha como amanheceu o tempo dia 10 de julho de 2009? Nublado, claro. Mas ao menos não fazia frio, pois o vestido é cavado...

Chegamos ao Salten Tingrett Sorenskriveren exatamente às 12:55h - e chovia! Desci do carro debaixo de chuva. O restante da família do Lars já estava lá. Nos dirigimos ao salão, e poucos minutos depois o juiz chegou, com uma capona preta. Falou em norueguês, depois em inglês. Nos colocou em pé à frente dele. Começou a ler um texto, por uns minutinhos, depois perguntou se eu aceitava Lars, em norueguês, eu respondi que sim em norueguês, depois a mesma coisa com Lars, depois assinamos o livro, ospadrinhos (Anders e Sylvia) assinaram o livro, o juiz nos parabenizou, disse que nos deixaria a sós para tirar fotos, e puft, acabou!

Tiramos umas fotos e partimos... Para a casa do irmão do Lars. Os convidados começaram a chegar 40 minutos depois. Este primeiro arranjo de flores é na verdade o meu buquê. Abaixo, o kransekake.




E as pessoas foram chegando com seus presentes, começamos a tomar champagne... A comida foi servida, todos se sentaram à mesa, teve antes um discurso do irmão do Lars. A tal sopa de peixe (feita com salmão e bacalhau fresco, camarão, mariscos, vinho branco, alho poró e creme de leite, entre outras coisas) estava divina. Meu gravlaks (servido com ovos mexidos e baguette) foi elogiadíssimo. Depois disso, cortamos a torta de chocolate, o kransekake, e o café foi servido. Aí o conhaque começou a rolar solto. Nessa altura eu e Lars tivemos que abrir todos os presentes e ler todos os cartões em voz alta. Toda a família foi extremamente agradável e muito gentil...

Lá pelas 6 horas os últimos convidados se foram. E nesse meio tempo, mesmo gente que não havia sido convidada passava de carro e batia na porta pra deixar um cartão ou um presente. Descobrimos que a sogra havia publicado na coluna social (!!!!) do jornal local - por isso muita gente sabia! Melhor, na verdade, pois acabamos ganhando mais presentes!

Os sobrinhos do Lars foram dormir na outra avó, então eu, Lars, a sogra Marit, o cunhado Anders e a concunhada Sylvia fomos jantar no restaurante Svendgårds, considerado o melhor de Bodø. Eu tava entupida, mas vamos lá...

Eles todos pediram um traguinho de aperitivo, eu e sogra ficamos na água. O cardápio tinha baleia e rena, além de bacalhau, king crab e outras esquisitices (como dizem os de língua hispana). Confesso que fiquei muito tentada a pedir baleia, mas reslovi atacar a rena. Anders disse que eu deveria escolher o vinho. O sommelier, um rapaz sueco, era fenomenal. Fiquei até intimidada... Escolhi um branco húngaro e ele recomendou um tinto italiano.



Foi muito, muito agradável. Ao final do jantar, insistiram com sobremesa. Eu não aguentava mais, mas pedi um prato de queijo... Dois queijos noruegueses locais e dois italianos, com compota de tomate e compota de figo. A sogra pediu uma sobremesa, e os três bebuns pediram irish coffee!

De lá saímos (à pé, umas duas quadras, mas eu com sapato salto 9, entupida de comida e vinho) para o bar na cobertura do hotel Radisson SAS, com vista da cidade toda e do último sol da meia-noite do ano. Todos pediram drinques, mas eu estava a ponto de explodir - o dia todo com o vestido, salto alto, cabelão, estômago abarrotado... Havia um outro grupo festejando um casamento lá também. Uma hora depois acabamos indo embora. Pegamos um taxi (para as 4 quadras até nossa casa) e demos carona pra sogra. Meus cunhados foram pra outro bar.

Precisei tomar um chá quente antes de dormir - mas foi um dia FABULOSO. Como deveria!

Fotos essa semana, no Webshots, pois o Blogger já tá querendo cobrar pelas fotos extras, pode?

quarta-feira, junho 24, 2009

10 de julho tem casamento

Pois é, pois é! Marcamos a data! Mas que fique bem claro que 1)não acreditamos na "instituição casamento" e 2)acreditamos menos, mas muito menos ainda na Igreja!

Quando eu era criança, depois adolescente, mocinha, eu nunca fui daquelas garotas que sonhavam em casar, com o pacote tradicional, que inclui casar na Igreja, vestida de bolo! E depois de já crescidinha, então, já nem pensava nisso mesmo. Porque afinal de contas, aquele casamento de antigamente já ficou tão banalizado (não que eu tivesse nunca qualquer admiração pelo modelo, que o diga a personagem de Kate Winslet em "Foi Apenas Um Sonho")... Depois do divórcio - quem aí sabia que no Chile o divórcio era ilegal até 2004? - virou oba-oba... Casa, se não der certo separa. Então pra que casar, porra?

Com tudo isso em conta, não pensei que chegaria o dia em que eu me colocaria em tal situação, até resolver mudar pra um país diferente, onde eu seria obrigada a casar no papel pra poder permanecer. Não sei se sôo muito cínica, mas pra mim, juntar as escovas de dentes já é casar, e a sociedade do século 21 anda (quase) madura o suficiente para aceitar que nem todo casal se vê obrigado a assinar um papel que formalize a relação. Este era meu caso. Tanto que comigo e Lars, não teve nada de pedido de casamento e aquela coisa toda. Foi meio "Você quer ir morar na Noruega comigo?" "Sim." Daí é que fomos correr atrás de burocracia, depois de já ter largado emprego e tudo... Acho que, porque no navio a vida era muito "fácil", ficamos acomodados.

Em agosto do ano passado é que começamos a ver quão longa seria a maratona. Resolvi aplicar para o visto de noivado, e neste post antigo é possível ler sobre aquela novela. Pois bem, o visto demorou menos a sair do que o previsto, e em abril cheguei aqui. Porém antes de vir, fiz o Lars ir se informar sobre quais documentos seriam necessários para casar (no Orkut tem várias informações, mas são sempre descasadas, portanto não confiáveis - AS INFORMAÇÕES, deixando claro). Trouxe comigo os seguintes documentos, devidamente traduzidos e registrados NOVAMENTE no Ministério das Relações Exteriores E Embaixada da Noruega em Brasília:

Certidão de Nascimento e a tradução em norueguês (não ia gastar de novo)
Declaração de Solteira - desta vez, pela urgência, meu pai e mãe declararam (no Vampré, em SP) pois a que foi feita para o visto só vale 3 meses e ficou "apreendida" junto com tradução no próprio consulado norueguês no Rio. Desta vez traduzi "the flash" pro inglês. Pode ligar aí pro Gonzalo que funciona mesmo. Tudo ficou pronto em 3 dias.
Atestado de Antecedentes Criminais - tirado pela Internet mesmo, e a tradução pro inglês

Uma semana depois que cheguei, fui ao Folkeregister (o Registro Civil, digamos assim) para tirar meu documento norueguês (só precisei mostrar o visto e certidão de nascimento), e aproveitamos pra perguntar sobre os documentos de casamento. Ela nos deu dois formulários. Guardamos na gaveta e meio que esquecemos deles, pois era muito cedo pra mexer com aquilo. Há umas três semanas fomos novamente olhar na internet o que precisava mesmo pra casar, pra poder marcar a data. Eu preciso requerer o visto de permanência logo pra tentar conseguir vaga na escola de norueguês ainda em agosto.

Então lembramos dos formulários que já tínhamos - um para os noivos e outros para as testemunhas (são necessárias duas pessoas - pedimos ao imrão do Lars e esposa dele). E ao preenchê-lo li, na segunda página, que se quisesse mudar de nome, precisaria preencher outro formulário... Como segue:
"5. Name
If the parties to the marriage wish to change their names after
marriage, they must send a notification of change of name
(form GA-7700) to the Population Registry. The form is
available from the verification authority or the solemniser. It
can also be loaded down from the Tax Services home page:
www.skatteetaten.no.
The parties to the marriage may hand or send the form in
with their declarations etc. They will then be issued with a
marriage certificate with the new names after marriage.
Norwegian citizens living abroad must normally apply to the
authorities in their country of residence if they wish to change
their names."

Então chega a hora em que é necessário pensar em coisas que não se havia pensado antes. Eu tenho três sobrenomes - um de mãe e dois de pai. Nenhum deles combina com o do Lars... Cheguei a pensar em não mudar, pois sempre usei meu nome enorme, caramba! Mas meu último nome entrega a origem latina na hora. E sei que pode parecer terrível ter este tipo de pensamento, mas pensei que ter sobrenome latino talvez me trouxesse impasses - seria sempre a imigrante. Não que haja algum problema com isso para mim, pelo contrário! Apesar de ser do mundo, morro brasileira! Mas que não custa nada facilitar a vida com um nominho noruga, não custa, sejamos todos bem francos... Depois de várias combinações, eu e Lars achamos que não teria problema eu continuar com três nomes, afinal de contas... Os da família do meu pai e o do Lars.

Todos os papéis preenchidos, Lars recolheu as assinaturas de Anders e Sylvia, e foi simples assim: enfiamos os meus documentos, mais os formulários preenchidos, mais a certidão de nascimento do Lars - nem precisei de cópia do visto, pois dado que eu possuo um fødselsnummer - o RG daqui - fica garantido que eu tenho permissão para estar aqui.

Depois, foi pegar todos os papéis, colocar num envelope e mandar para Tromsø - aparentemente aqui as províncias não tem capital. Algumas coisas são feitas em Bødo, outras em Tromsø, outras ainda em Mo-i-Rana. Nos disseram que o envelope voltaria uma semana depois.

Sexta-feira retrasada recebemos a licença de casamento. Um formulário de uma página, já preenchido e assinado. Estava esperando meus pais decidirem se vinham ou não. Então hoje, sem mais delongas, fomos ao Salten Tingrett, um tipo de tribunal, cartório, tudo junto. A moça recebeu os papéis e perguntou a data. Pensamos nisso no carro, a caminho de lá. "Sexta que vem..." "Hora?" "A gente ve lá a que está disponível." Então ficou resolvido , dia dez, à 1 da tarde. Só nós dois e a família dele.

A funcionária mostrou o salão pra nós...


Então vai ser isso. Muito, muito simples. Dura 10 minutinhos no máximo.

Mas uma coisinha eu havia conversado com Lars desde antes, sabendo que um eventual casamento iria sair logo. Se íamos meter um jeans e ir terminar com isso logo, ou se ele queria fazer tudo mais bonitinho. E ele disse que, já que era pra fazer, que fizéssemos direitinho. Então mais umacoisa pra eu achar: um vestido simples, sem gastar muito. Bem, entre a possibilidade de rodar lojas de SP incluindo o Bom Retiro, e a net, fui na net primeiro. Lembrei de um episódio de Friends em que Mônica vai comprar o vestido de noiva em NY, e é uma liquadação, e saía tapa. Vi um anúncio da David´s Bridal, e entrei. Tinha uma liquidação, vestidos simples e bonitinhos por U$99,90! Escolhi um, fui fazer que pagava, e daí descobri que não entregava fora dos EUA. Mandei rápido uma mensagem pra minha amiga que mora em Miami, perguntando se ela receberia o vestido pra depois mandar prá mim. E ela respondeu rápido, que não havia problema algum. E assim descolei um vestido para o dia! Bem mais barato que um equivalente em SP.

Estes dias achei uma matéria no MSN sobre a David´s Bridal. "Wall Mart dos casamentos está prosperando". Morri de rir...

Agora queremos descolar um kransekake e champagne para brindar... O blog da Luciana, Daqui e de lá, tem um post sobre o tal kransekake. Vale a pena conferir.

Bem, essa semana tenho andando muito ocupada, inventando moda na cozinha. Se der certo a invencionice, posto aqui depois. E muitas outras comidices que ando aprontando!

E por último, passei dias arrumando os tags dos posts do blog. Cheguei à conclusão que ele estava pouco user-friendly, pois é impossível achar as coisas sem ser post por post. Então dei uma categorizada na coisa. Também adicionei um link para o site a-ha Brasil, que é feito pela a-hamiga Samantha, pra quem eu tô traduzindo umas entrevistas enormes dos meninos para a revista de distrbuição gratuita MASSIV (se alguém aí que mora na Noruega tiver, pago dinheiro por elas - são três capas diferentes nesta edição, uma com cada um). Estas traduções tem sido um excelente exercício pra mim. Mas o pobre do Lars é quem revisa!