Cheguei na quarta passada. Quinta Lars foi trabalhar, e na sexta não. Então tiramos o dia para resolver as coisas, digamos assim, urgentes.
Todo imigrante quando chega na Noruega tem até sete dias para se apresentar a Polícia local, que é na verdade quem emite o visto. Até então tinha viajado com uma carta do Real Consulado Norueguês, que por sinal não foi nem mostrada em nenhum aeroporto. Tinha até comprado um seguro viagem no Brasil, por medo de ser "devolvida", mas o oficial de imigração em Paris abriu meu passaporte bem na página onde já haviam carimbos de entrada e saída da França, e carimbou. Nem peguntou nada.
Chegamos a Polícia com a tal carta, o policial perguntou se tínhamos fotos. Tivemos que sair prá tirar as fotos (que ficaram horríveis!!!). Ao retornar, entregamos o passaporte e a foto, e em 15 minutos recebemos de volta com o visto colado. O visto diz "Oppholdstillatelse ", ou autorização de residência. O policial explicou que ele me dá os mesmos direitos e deveres em qualquer país que faz parte do acordo Schengen. Perguntamos sobre o exame de tuberculose, e o policial disse que eu receberia uma carta com maiores instruções. Também explicou que devemos casar em 6 meses a partir da data em que o visto foi emitido. Recebemos também uma carta com regras e direitos.
Ainda falta muita coisa pra resolver, mas já foi um começo.
No final de semana, foi tempo de visitas. Na sexta feira a tarde jantamos com a sogra. A refeição principal do dia aqui na Noruega, o middag, é em geral as 4 da tarde (ao menos na família Hareide). O pessoal em geral toma café da manhã, e na hora do nosso almoço é o que eles chamam de lunsj, que é um lanche, normalmente café com sanduíche, ou até mesmo uma salada. E então, quando as pessoas voltam pra casa do trabalho, é o middag. O middag de sexta-feira com a sogra foi bacalhau fresco (torsk) cozido, com fígado e ovas, servido com batatas cozidas e pão sueco. Vinho riesling alemão acompanhando, já que era sexta-feira. Para o café, o irmão do Lars com a esposa e os filhos vieram visitar, e já aproveitaram prá convidar a gente pro jantar de sábado. Sexta a noite o fiel escudeiro do Lars veio em casa, assistimos um filme ("Tudo o que você queria saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar", do Woody Allen) e bebemos algo.
Sábado de manhã arrumei mais um pouco das minhas coisas, e a tarde fomos na loja da Cruz Vermelha, onde a sogra (Marit) é voluntária. As pessoas doam objetos pra loja, e o lucro das vendas vai pra Cruz Vermelha. A quantidade de roupas e louças é imensa. As vezes se acha jogos inteiros de jantar por uma bagatela. Compramos umas quinquilharias de cozinha. De lá fomos a loja de eletrodomesticos escolher um processador de alimentos, que vamos comprar com uma grana que ganhamos de presente de casamento. Achamos um dentro das nossas possibilidades, que vem com liquidificador e tudo. Segunda feira voltaremos, pois precisamos primeiro trocar os euros no banco.
E de lá fomos jantar. Peixe, destes de cara feia, que vivem no fundão do mar (em inglês, Atlantic Monk fish). Estou adorando tanto peixe, a maioria de carne branca e firme, do jeito que eu gosto... A noite, Tor Erik veio nos visitar de novo. Beber em casa fica bem mais em conta do que sair... Duas cervejas e uma dose de vodka, ou seja, uma rodada de rodada de bebidas para nós três, no bar da cidade, fica por volta de nok 240, ou seja, uns R$80. Então, é melhor em casa.
Domingo foi a vez de nós convidarmos a mãe do Lars para o jantar. Fizemos perna de alce (dos que o Lars caçou) assada com molho de vinho. Foi a primeira vez comi não-peixe desde que cheguei. Até fiz sobremesa. A sogra ficou feliz, diz que Lars vai ficar saudável, já eu como salada de verduras cruas todos os dias. Eles não tem o hábito, mas quando faço, acaba! Comprei um pé de alface que vem no vaso, e se quiser você "cria" ele na cozinha, num pratinho com água.
E no Domingo a noite fomos para a casa de um outro amigo do Lars, e assistimos "O dia em que a terra parou" novo, com o Keanu Reeves. Uma b**** , comparado ao original, de 1951, dirigido por Robert Wise (assista ao discurso final aqui).
E assim voou meu fim-de-semana. Segunda feira o Lars não trabalha, então poderemos resolver outras questões de documentos, procurar a escola para pedir informações, etc. Por enquanto sigo morrendo de frio, a temperatura ainda não foi acima de zero desde que cheguei. Aparentemente eu trouxe a onda de frio...
Todo imigrante quando chega na Noruega tem até sete dias para se apresentar a Polícia local, que é na verdade quem emite o visto. Até então tinha viajado com uma carta do Real Consulado Norueguês, que por sinal não foi nem mostrada em nenhum aeroporto. Tinha até comprado um seguro viagem no Brasil, por medo de ser "devolvida", mas o oficial de imigração em Paris abriu meu passaporte bem na página onde já haviam carimbos de entrada e saída da França, e carimbou. Nem peguntou nada.
Chegamos a Polícia com a tal carta, o policial perguntou se tínhamos fotos. Tivemos que sair prá tirar as fotos (que ficaram horríveis!!!). Ao retornar, entregamos o passaporte e a foto, e em 15 minutos recebemos de volta com o visto colado. O visto diz "Oppholdstillatelse ", ou autorização de residência. O policial explicou que ele me dá os mesmos direitos e deveres em qualquer país que faz parte do acordo Schengen. Perguntamos sobre o exame de tuberculose, e o policial disse que eu receberia uma carta com maiores instruções. Também explicou que devemos casar em 6 meses a partir da data em que o visto foi emitido. Recebemos também uma carta com regras e direitos.
Ainda falta muita coisa pra resolver, mas já foi um começo.
No final de semana, foi tempo de visitas. Na sexta feira a tarde jantamos com a sogra. A refeição principal do dia aqui na Noruega, o middag, é em geral as 4 da tarde (ao menos na família Hareide). O pessoal em geral toma café da manhã, e na hora do nosso almoço é o que eles chamam de lunsj, que é um lanche, normalmente café com sanduíche, ou até mesmo uma salada. E então, quando as pessoas voltam pra casa do trabalho, é o middag. O middag de sexta-feira com a sogra foi bacalhau fresco (torsk) cozido, com fígado e ovas, servido com batatas cozidas e pão sueco. Vinho riesling alemão acompanhando, já que era sexta-feira. Para o café, o irmão do Lars com a esposa e os filhos vieram visitar, e já aproveitaram prá convidar a gente pro jantar de sábado. Sexta a noite o fiel escudeiro do Lars veio em casa, assistimos um filme ("Tudo o que você queria saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar", do Woody Allen) e bebemos algo.
Sábado de manhã arrumei mais um pouco das minhas coisas, e a tarde fomos na loja da Cruz Vermelha, onde a sogra (Marit) é voluntária. As pessoas doam objetos pra loja, e o lucro das vendas vai pra Cruz Vermelha. A quantidade de roupas e louças é imensa. As vezes se acha jogos inteiros de jantar por uma bagatela. Compramos umas quinquilharias de cozinha. De lá fomos a loja de eletrodomesticos escolher um processador de alimentos, que vamos comprar com uma grana que ganhamos de presente de casamento. Achamos um dentro das nossas possibilidades, que vem com liquidificador e tudo. Segunda feira voltaremos, pois precisamos primeiro trocar os euros no banco.
E de lá fomos jantar. Peixe, destes de cara feia, que vivem no fundão do mar (em inglês, Atlantic Monk fish). Estou adorando tanto peixe, a maioria de carne branca e firme, do jeito que eu gosto... A noite, Tor Erik veio nos visitar de novo. Beber em casa fica bem mais em conta do que sair... Duas cervejas e uma dose de vodka, ou seja, uma rodada de rodada de bebidas para nós três, no bar da cidade, fica por volta de nok 240, ou seja, uns R$80. Então, é melhor em casa.
Domingo foi a vez de nós convidarmos a mãe do Lars para o jantar. Fizemos perna de alce (dos que o Lars caçou) assada com molho de vinho. Foi a primeira vez comi não-peixe desde que cheguei. Até fiz sobremesa. A sogra ficou feliz, diz que Lars vai ficar saudável, já eu como salada de verduras cruas todos os dias. Eles não tem o hábito, mas quando faço, acaba! Comprei um pé de alface que vem no vaso, e se quiser você "cria" ele na cozinha, num pratinho com água.
E no Domingo a noite fomos para a casa de um outro amigo do Lars, e assistimos "O dia em que a terra parou" novo, com o Keanu Reeves. Uma b**** , comparado ao original, de 1951, dirigido por Robert Wise (assista ao discurso final aqui).
E assim voou meu fim-de-semana. Segunda feira o Lars não trabalha, então poderemos resolver outras questões de documentos, procurar a escola para pedir informações, etc. Por enquanto sigo morrendo de frio, a temperatura ainda não foi acima de zero desde que cheguei. Aparentemente eu trouxe a onda de frio...