Começar uma viagem com uma parada forçada para a qual você não havia se preparado pode ser uma grande roubada, certo? Especialmente quando se trata de uma das cidades mais caras do mundo, certo? ERRADO...
Só no dia de viajar me dei conta de que teríamos uma paradinha de 7 horas em Oslo. O que fazer em Oslo num belo dia de sol? Aproveitar, já que como já havia contado, nunca tinha visto a cidade com esse tempo.
Também já havia contado por cima num post anterior sobre a paradinha, e fiquei devendo umas fotas... Lá vão...
Um dos meus lugares favoritos, na Karl Johan. Ótimo café, lugar charmosíssimo e umas comidinhas de chorar, incluindo os pães feitos lá mesmo.




Em seguida, caminhando pela Karl Johan em direção ao palácio real - e pensando em cada palavra do Knut Hamsun, no livro Fome, traduzido pelo Drummond, que pedi pra meu pai achar pra mim - acabamos indo parar na "prainha" de Oslo. Pra quem é de SP e sabe que a "prainha" do paulistano são os bares espalhados pela calçada na Av Paulista na altura da Joaquim Eugênio de Lima, imagine a mesma coisa emoslo, com umaPEQUENA diferença... Em Oslo tem mar mesmo! E vários barcos parados no pier, sendo alguns deles restaurantes flutuantes. Estou falando de Aker Brygge. E ali, naquele sol de rachar o coco (padrões noruegueses, claro), procuramos um lugarzinho pra matar o tempo. Andamos, andamos, e acabamos voltando em direção ao primeiro deles, chamado
Druen, um wine bar simpático com uma carta mais que excelente.




3 taças de vinho e duas de champagne pra cada, mais um pratão de mexilhões, saímos correndo, subindo a Karl Johan de volta à estação de trem, em direção ao aeroporto. Cidade "pequena" é uma beleza, não? Pra uma paulistana, ainda é meio que um choque conseguir fazer essas coisas com tanta facilidade, porque toda cidade européia tem trem do aeroporto pro centro, e ainda por cima são todas infinitamente menores que São Paulo!
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Chegamos em CPH (ou København na língua natal, e pronuncia-se mais ou menos chobenrávn) às 8 e meia da noite. Consegui uma fota da minha tão querida Storebelt (ou Øresund) Bridge da janelinha do avião. E o sol seguia brilhando no horizonte dinamarquês.

Outra vez, uma cidade fácil para locomoção. Da estação de trem demos a volta no Tivoli (o parque de diversões local, com montanha russa e tudo) e chegamos no hotel, à pé mesmo. Depois de instalados, saímos à procura de um local pra comer, e não fomos muito felizes, já que estava quase tudo fechado. Dormimos cedo, bem cansados, e o único inconveniente do hotel (já postei link, era óóóóóótemo) era o sino da Rådhus (city hall ou prefeitura?), que batia como se fosse dentro do quarto, das 7 da manhã até a meia noite.
No dia seguinte, saímos determinados a uma visita à Calrsberg. Mas antes fomos a uma exposição de design dinamarquês muito legal. De mapinha em punho, pegamos um busão e lá fomos nós. Os locais são bastante amáveis, acostumados com turistas, e todo mundo fala inglês. Apesar da proximidade do idioma (especialmente na parte escrita), os noruegueses tem em geral dificuldade de entender os dinamarqueses. Ao menos o meu tem!
Mas o motorista do busão nos avisou no ponto que deveríamos saltar. O passeio foi extremamente gratificante, pois percorremos uma boa parte da cidade de ônibus, e fomos parar numa vizinhança que dificilmente teríamos conhecido se não fosse pela cerveja, ãhn, quer dizer, pelo passeio na histórica fábrica da Carlsberg. Na frente da fábrica há um parque fabuloso.




O passeio pela cervejaria foi muito especial. Com degustação no final, num local extremamente bem preparado. Havia até uma salinha com garrafinhas cheias de aromas que poderiam ser encontrados nas cervejas, cartões de degustação e tudo o mais.








De lá voltamos para o centro. Fomos descansar um pouco no hotel, então jantamos por lá. Claro, no restaurante tinhaum casal bem tosco de brasileiros que falava mal das pessoas que passavam por eles sem nem imaginar que alguém ali poderia entender a língua deles! Me diverti muito, em silêncio...
Então resolvemos ir conhecer o tal do
icebar CPH by icehotel, já que tínhamos desconto no segundo drink porque éramos hóspedes do twentyseven. (Pra quem nunca ouviu falar do hotel de gelo,
pode ler aqui). Na verdade nos decepcionamos muito, porque pagamos uma boa grana pra entrar no que era na verdade uma grande câmara fria com uma mesa de gelo no meio, umas esculturas de gelo, bar feito de gelo, e os drinks são servidos nuns copinhos, também feitos de gelo. E só tínhamos nós dois lá dentro! Nem deu vontade de pedir pro bartender tirar uma foto nossa juntos... Mas enfim, valeu a experiência e deu muita vontade de conhecer o hotel em Jukkasjärvi, na Suécia.




Depois de dois drinks adocicados no copinho de gelo e queixos começando a bater, era hora de sair da geladeira. Fomos dar uma caminhada pela city pra esquentar. E acabamos tomando mais uns drinks no bar do hotel, que tinha um bartender premiadíssimo. E nos preparou uns coquetéis pra morrer...

Acho que não preciso dizer que depois disso caímos nos braços de Morfeu!
E o resto fica pra outra hora...